Continuamos a
nossa saga rumo ao sul e deslocamos 191 km para Caleta Tortel, uma cidade muito
pitoresca, no fundo de um fiorde chamado Bahia Tortel.
A nossa vida boa
de asfalto acabou – agora é só rípio e nada bom – muito irregular, muitas
crateras e pedras. E a estrada vai por
um terreno de relevo também irregular – um sobe e desce constante. O que nos
impressionou foi quantidade de ciclistas que encontramos pelo caminho. Haja
perna!
A chuva nos
acompanhou por todo o percurso até Tortel, às vezes mais forte, às vezes mais
fraca, o que nos fez chegar ao hotel em Tortel encharcados pois ela até parece
que aumentou.
Na saída do
nosso hotel acompanhamos o Lago Negro por mais um pouco e logo adiante vimos o
Lago Bertrand. Ah se tivéssemos sol!!! Tudo seria muito mais bonito. No final
desse lago, passamos a entrada para Puerto Bertrand.
O lago Bertrand
dá origem ao Rio Baker, um rio caudaloso de uma cor azul turquesa impressionante,
que nos acompanhou até Caleta Tortel. No entanto, ao longo do caminho, ele vai
recebendo alguns afluentes e vai mudando sua linda cor, de modo que ao chegar
no seu delta ele tem uma cor verde clara e densa.
Seguimos por um
terreno sempre montanhoso, com vegetação abundante dos bosques chilenos –
lengas, coigues e nirres (não consegui descobrir os nomes em português para
essas árvores), entremeadas com aquelas árvores vermelhas, cirueliles.
Em determinados
momentos, a vegetação desaparecia e tínhamos apenas um terreno montanhoso, de
vegetação rasteira, e sempre com rios nos acompanhando. Vez por outra
encontrávamos lagos – e foram vários!
Passamos por
Cochrane, o segundo ponto de maior apoio da região, onde vamos pernoitar na
volta, e paramos para abastecer, tomar um café e ir ao banheiro. A cidade tem
posto de gasolina, banco, hospedagem, restaurante etc.
Seguimos
adiante, sempre debaixo de chuva e sempre acompanhados por rios. Além do Baker,
cruzamos com o rio Chacabuco, o Rio Correntoso, o Rio Nef entre outros. E
sempre vendo lagos. A paisagem é muito bonita, mesmo com chuva.
Lá pelo meio-dia
paramos embaixo de umas árvores e comemos nossos sanduiches com refri – nosso almoço
trazido do hotel.
Por volta das
14:30 hs chegamos a Caleta Tortel – um vilarejo totalmente diferente de tudo
que já vimos. A cidade se localiza nas bordas de um fiorde, ribanceira acima. Não
tem ruas, e sim passarelas construídas de madeira que ligam casas, hotéis,
restaurantes etc. Os carros ficam lá fora
em um estacionamento, em frente ao “Informaciones Turisticas”, onde recebemos
um mapa e seguimos em frente.
Para facilitar,
já tínhamos trazido apenas uma bolsa com roupa para pernoite. Mas o percurso
para andar era longo e cheio de subidas de descidas. E ainda mais com chuva!!!
Chegamos muito molhados e exaustos.
O nosso hotel, “Entre
Hielos”, é bom, bem arrumadinho, confortável, mas tinha que ser no topo da
montanha???? O caminho para cá sobe, sobe, sobe, depois desce, desce, desce e
depois sobe tudo de novo!!! Parece pegadinha!!! Vamos jantar no próprio hotel.
Já viemos pelo caminho batendo fotos!
Amanhã saímos
para Vila O’Higgins, o fim da linha!
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