quarta-feira, 20 de novembro de 2019

17⁰ Dia 20 NOV Deslocamento Vila O’Higgins – Cochrane

Chegamos ao final da Carretera Austral e é hora de começar o caminho de volta. 


Ontem à noite, quando chegamos, a chuva parou e sol abriu iluminando a montanha branca e a pequena cidade. Até cogitamos mudar os planos para ir até o Glacial, mas depois de analisar bem as condições do passeio e do tempo, e sabendo que no dia seguinte teríamos que fazer uma “leaozada” para chegar a Chile Chico, sabiamente desistimos. Ao final do dia de hoje tivemos certeza que fizemos a coisa certa, olhando um mapa observamos que os glaciais que conhecemos na Argentina, na área de El Calafate (Glacial Perito Moreno e Upsalla), ambos tem a sua origem nos campos de hielo del Sur, exatamente onde iríamos observar o glaciar do lado do Chile. Ou seja, ia ser repetitivo...







Saímos para jantar no “Entre Patagones”, aparentemente o melhor restaurante da cidade, e realmente comemos bem, fomos muito bem atendidos e pagamos um preço correto.




Hoje pela manhã saímos por volta das 9:20 hs e nosso timing era com o horário do ferry na Rampa Rio Bravo, as 13:00 hs. Nosso percurso deveria ser de 2:40 hs, com tempo folgado. Não queríamos correr porque a estrada é perigosa e ruim.

Viemos vendo a mesma paisagem de rios, lagos e montanhas de ontem, e com o tempo mais aberto bati algumas fotos melhores. Consegui até um arco-íris nas montanhas.







Às vezes a estrada passa bem paralela e na altura do rio.



Às vezes passa bem alto e o rio vai serpenteando no cânion la embaixo.



Às vezes é bem estreita, com um abismo de um lado e a montanha do outro.



Às vezes, tem uma cascata jorrando da montanha bem ao lado.


Enfim, a paisagem não é monótona e vai se renovando a cada curva, a cada reta.

Hoje vimos muitos ciclistas, geralmente em pares, e se dirigiam ao final da Carretera. Essa estrada não é para os fracos. Tem que ter muita perna, aguentar subidas forte, um terreno irregular cheio de pedras, e nesses dias, chuva, vento e frio. Palmas para eles.


Chegamos cedo a Rampa Rio Bravo e enquanto esperávamos aproveitamos para comer nossos sanduiches de almoço.


Depois a barca chegou com muitos carros e motos. E levou apenas nós e um caminhão.








Desde que passamos na Reserva Cerro Castilho, há uma semana, temos visto cartazes falando do huemul, um cervo típico dessa região, ameaçado de extinção e que habita por aqui. Eles pedem que tenhamos cuidado na estrada com eles. Estávamos tentando encontrá-lo, mas nada. Até brincávamos que era fake news, que eles não apareciam. E hoje, de repente, encontramos um huemul solitário comendo ao lado da estrada paramos e batemos muitas fotos.





Chegamos em Cochrane e já me senti em Hollywood – aqui tem o nome da cidade na montanha!


Demos um giro para achar informações turísticas, batemos fotos, e fomos para nosso hotel – Residencial Rubio, um local bem simples, mas direitinho, para esse pernoite.






Cochrane é uma cidade de 2.867 habitantes e o segundo centro de apoio do sul, com hospedagem, banco, gasolina etc.

Aqui ao lado tem a Reserva Nacional Tamango, parte do Parque da Patagonia, que vamos explorar um pouquinho amanhã na saída para Chile Chico.

Amanhã continuamos nosso caminho de volta.





Um comentário: