Chegamos ao final da Carretera Austral e é
hora de começar o caminho de volta.
Ontem à noite, quando chegamos, a chuva parou
e sol abriu iluminando a montanha branca e a pequena cidade. Até cogitamos
mudar os planos para ir até o Glacial, mas depois de analisar bem as condições
do passeio e do tempo, e sabendo que no dia seguinte teríamos que fazer uma
“leaozada” para chegar a Chile Chico, sabiamente desistimos. Ao final do dia de hoje tivemos certeza que fizemos a coisa certa, olhando um mapa observamos que os glaciais que conhecemos na Argentina, na área de El Calafate (Glacial Perito Moreno e Upsalla), ambos tem a sua origem nos campos de hielo del Sur, exatamente onde iríamos observar o glaciar do lado do Chile. Ou seja, ia ser repetitivo...
Saímos para jantar no “Entre Patagones”,
aparentemente o melhor restaurante da cidade, e realmente comemos bem, fomos
muito bem atendidos e pagamos um preço correto.
Hoje pela manhã saímos por volta das 9:20 hs
e nosso timing era com o horário do ferry na Rampa Rio Bravo, as 13:00 hs.
Nosso percurso deveria ser de 2:40 hs, com tempo folgado. Não queríamos correr
porque a estrada é perigosa e ruim.
Viemos vendo a mesma paisagem de rios, lagos
e montanhas de ontem, e com o tempo mais aberto bati algumas fotos melhores.
Consegui até um arco-íris nas montanhas.
Às vezes a estrada passa bem paralela e na
altura do rio.
Às vezes passa bem alto e o rio vai
serpenteando no cânion la embaixo.
Às vezes é bem estreita, com um abismo de um
lado e a montanha do outro.
Às vezes, tem uma cascata jorrando da
montanha bem ao lado.
Enfim, a paisagem não é monótona e vai se
renovando a cada curva, a cada reta.
Hoje vimos muitos ciclistas, geralmente em
pares, e se dirigiam ao final da Carretera. Essa estrada não é para os fracos.
Tem que ter muita perna, aguentar subidas forte, um terreno irregular cheio de
pedras, e nesses dias, chuva, vento e frio. Palmas para eles.
Desde que passamos na Reserva Cerro Castilho,
há uma semana, temos visto cartazes falando do huemul, um cervo típico
dessa região, ameaçado de extinção e que habita por aqui. Eles pedem que
tenhamos cuidado na estrada com eles. Estávamos tentando encontrá-lo, mas nada.
Até brincávamos que era fake news, que eles não apareciam. E hoje, de repente, encontramos
um huemul solitário comendo ao lado da estrada paramos e batemos muitas
fotos.
Chegamos em Cochrane e já me senti em Hollywood
– aqui tem o nome da cidade na montanha!
Demos um giro para achar informações turísticas,
batemos fotos, e fomos para nosso hotel – Residencial Rubio, um local bem
simples, mas direitinho, para esse pernoite.
Cochrane é uma cidade de 2.867 habitantes e o
segundo centro de apoio do sul, com hospedagem, banco, gasolina etc.
Aqui ao lado tem a Reserva Nacional Tamango,
parte do Parque da Patagonia, que vamos explorar um pouquinho amanhã na saída
para Chile Chico.
Amanhã continuamos nosso caminho de volta.
Com Sol as fotos ficam outras. Muito mais bonitas.
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