Terminamos
o dia ontem caminhando por Chile Chico até o Restaurante Jeinimeni, onde
jantamos um gostoso salmão grelhado e eu degustei mais uma cerveja artesanal –
Hudson, tipo Calafate (pale ale), avermelhada e bem saborosa. O local é
agradável, o serviço bom e o preço normal.
Estamos
agora em um mundo diferente do que estávamos nos últimos 18 dias. Saímos do que
eles chamam aqui – Patagônia Verde – onde viajamos seguindo a Carretera
Austral, sempre acompanhados de rios caudalosos, passando por lagos, no meio de
vales cercados por enormes montanhas cobertas de verde e com picos nevados, e
cruzando florestas e bosques.
Agora
o que nos cerca é a imensidão de planícies onduladas, com montanhas mais baixas
de rochas coloridas ou no máximo uma vegetação rasteira bem ao longe.
Chile
Chico fica às margens do mesmo Lago Gen. Carrera, de bela cor azul, mas os seus
arredores são muito diferentes do que víamos em Puerto Tranquilo e do que
acompanhamos na viagem de ontem. Penso que um pouco menos bonito!
Dormimos
bem no nosso hotel. O café da manhã eles trazem até o nosso apartamento. Um
café normal, nada demais.
Nosso
programa hoje era explorar a Reserva Nacional Jeinimeni, parte do Parque Patagônia.
Este parque foi criado no ano passado e engloba a Reserva Nacional Tamango, o
Vale Chacabuco e a Reserva Jeinimeni, formando um imenso parque, ainda bem
inóspito, na fronteira com a Argentina.
A
entrada do Parque fica a 55 km de Chile Chico. Seguimos por uma estrada de
rípio (já estamos com trauma de rípio!!!) bem ruinzinha por bastante tempo – não
dá para andar rápido – em meio às montanhas sem vegetação, tudo muito deserto.
Às margens da estrada há uma florzinha branca (parece couve-flor) que adorna
ambos os lados.
Às
vezes a estrada é bem sinuosa, e vai descendo para o fundo do vale. E em outras
atravessa um pequeno riacho.
As
rochas da montanha são enormes, com formas variadas, às vezes vermelhas, às
vezes verdes. Às vezes parecem um paredão achatado. E assim fomos nos
divertindo com as diferentes formas e batendo fotos.
Pelo
caminho encontramos algumas fazendas de ovinos e de cavalos. Até que chegamos a
uma pequena lagoa cheia de flamingos. Mas ficava muito distante da estrada e não
tinha acesso até lá. As fotos são bem de longe.
Adiante
ainda encontramos um carcará fazendo pose e depois umas lebres saltitantes que
conseguimos fotografar.
Por
fim chegamos ao majestoso Lago Jeinimeni, highlight do parque. Paramos no
guarda-parque para as devidas explicações, pagamos 8.000 pesos chilenos e fomos
até o lago.
Havia
um sendero para uns Mirantes (3), uma caminhada de 1500 metros morro acima.
Fomos até o primeiro, batemos fotos.
Eu
segui até o segundo – cheguei lá meio morta, mas a paisagem e as fotos
compensaram o esforço.
Depois
descemos e caminhamos um pouco nas margens do lago e batemos mais fotos. A cor
do lago é lindíssima – azul na parte mais profunda e esverdeada nas bordas.
Depois
disso, fizemos um piquenique e almoçamos uns sanduíches contemplando a
natureza.
Em
seguida fizemos todo o percurso de volta sacolejando no rípio – quase 1:30 hs
para andar os 55 km.
Na entrada da cidade tem uns monumentos da cultura tehuelche, uma mão com uma pintura rupestre e um pórtico.
Na
chegada, fomos até o Mirador dos Ventos que tem na entrada da cidade e de onde
se tem uma bela vista do lago e da cidade e mais fotos.
Agora
vamos nos preparar para seguir viagem amanhã. Jantaremos no próprio hotel, que
tem um bom restaurante.
Amanhã
saímos do Chile e faremos o caminho de volta por uma antiga estrada conhecida nossa, a Ruta Nacional 40, pela Argentina até Esquel.
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